segunda-feira, 5 de abril de 2010

CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO

6ª FEIRA-SANTA (PAIXÃO DE CRISTO)
Na Sexta-feira Santa, o silêncio e o recolhimento fazem parte da liturgia, nem mesmo as luzes da Basílica Vaticana se acendem, sinal de que nesta Celebração o Filho de Deus é oferecido como vitima pelos pecados da humanidade.
AS 14 ESTAÇÕES E A SUA ASCENSÃO AO CÉU.

1ª ESTAÇÃO - Jesus é condenado à morte.
Pilatos mandou vir água e lavou as mãos diante da multidão: "Estou inocente do sangue deste homem". A responsabilidade agora é do povo". Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado."
2ª ESTAÇÃO - Jesus carrega a sua cruz.
Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao Calvário ou Gólgotha ('lugar do crânio' em hebraico). A Cruz é um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.
3ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela primeira vez.
Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem e ele cai. Com chicotes, os soldados que o escoltavam o forçam a se levantar.
4ª ESTAÇÃO - Jesus encontra Maria, sua mãe.
Mãe e filho se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilharam até a cruz. Sua união era tão intimamente perfeita, que não tinham necessidade de falar, porque a única expressão residia nos seus corações.
5ª ESTAÇÃO - Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz.
Na verdade, Simão de Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. Ele vinha passando, quando recebeu dos soldados a ordem de ajudar, Jesus tinha que permanecer vivo até a crucifixão.
6ª ESTAÇÃO - Verônica enxuga a face de Jesus.
Uma mulher que assistia à passagem de Jesus decide limpar a sua face tingida de sangue. O pano usado por Verônica teria ficado gravado com a imagem do rosto de Cristo.
7ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela segunda vez.
Jesus sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava cansado e abatido. Ele caminhava com dificuldade e mais uma vez tropeçou e caiu.
8ª ESTAÇÃO - Jesus fala às mulheres de Jerusalém.
Já próximo do Monte Calvário, Jesus esquece sua dor para abrir o coração e consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o seu sofrimento.
9ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela terceira vez.
Aproxima-se o fim da Via Crucis, com a última queda de Jesus, a terceira de três quedas. Jesus chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel, mas ele não quis beber.
10ª ESTAÇÃO - Jesus é despojado de suas vestes.
Os soldados tomaram as roupas e as sortearam entre eles, cumprindo assim, as profecias antigas que descreviam esse episódio.
11ª ESTAÇÃO - Jesus é pregado na cruz.
Jesus é crucificado. Cravos de ferro rasgam sua carne, dilacerando suas mãos e pés. A cruz é erguida, e o Cristo fica suspenso entre o céu e a terra. Agora, ele está definitivamente pregado à cruz.
12ª ESTAÇÃO - Jesus morre na Cruz.
Com o Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da cruz: 'Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito. Agora, estou contigo'. Baixou a cabeça e morreu.
13ª ESTAÇÃO - Jesus é retirado da Cruz.
Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o corpo de Jesus da cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus braços.
14ª ESTAÇÃO - Jesus é sepultado.
José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no com um lençol de linho e o deitaram numa saliência na rocha em forma de cama. Então fecharam a entrada com uma grande pedra.
15ª ESTAÇÃO - A Ressurreição.
No domingo, as mulheres que foram ao túmulo o encontraram vazio. Viram dois homens com vestes claras e brilhantes que lhes perguntaram: "Por que procuram entre os mortos, quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou".
A Celebração da Paixão de Cristo foi realizada na Escola Municipal José de Andrade Frazão, pelo Pe. Marcelo Coutinho.
fotos:Jailka Neves








fotos:Jailka Neves





Mensagem do Papa ao final da Via-Sacra no Coliseu - 2010
Queridos irmãos e irmãs,


em oração, com a alma recolhida e comovida, percorremos nesta noite o caminho da Cruz. Com Jesus, fomos até o Calvário e meditamos sobre seu sofrimento, descobrindo o quão profundo é o amor que Ele teve e tem por nós. Mas, neste momento, não queremos nos limitar a uma compaixão que resida apenas em nossos débeis sentimentos; queremos, acima de tudo, sentir-nos participantes do sofrimento de Jesus, desejamos acompanhar o nosso Mestre partilhando a sua Paixão na nossa vida, na vida da Igreja, para a vida do mundo, pois sabemos que somente através da Cruz do Senhor, no amor sem limites, que doa tudo de si próprio, está a fonte da graça, da libertação, da paz, da salvação.


Os textos, as meditações e as orações da Via Crucis nos ajudaram a olhar para este mistério da Paixão, para aprender a imensa lição de amor que Deus nos deu na cruz, para que nasça em nós um renovado desejo de converter o nosso coração, vivendo todo o dia esse mesmo amor, a única força capaz de mudar o mundo.


Nesta noite, contemplamos Jesus em seu rosto pleno de dor, escarnecido, ultrajado, desfigurado pelo pecado humano; amanhã à noite, o contemplaremos no seu rosto cheio de alegria, radiante e luminoso. Desde que Jesus saiu do sepulcro, o túmulo e a morte não são mais lugar sem esperança, onde a história termina no fracasso total, onde o homem chega ao limite extremo de sua impotência. A Sexta-feira Santa é o dia da esperança maior, aquela amadurecida sobre a Cruz, enquanto Jesus morre, enquanto solta o último suspiro, clamando em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23, 46). Cumprindo a sua existência "doada" nas mãos do Pai, Ele sabe que sua morte se torna fonte de vida, tal como o grão na terra deve se romper para que a planta possa nascer: "Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, fica só; se, ao invés, morre, produz muito fruto" (Jo 12, 24). Jesus é o grão de trigo que cai na terra, se quebra, se rompe, morre e, por isso, pode produzir frutos. Desde o dia em que Cristo ressuscitou, a Cruz, que aparece como um sinal de abandono, de solidão, do fracasso, tornou-se um novo início: das profundezas da morte se levanta a promessa da vida eterna. Sobre a Cruz, brilha o esplendor vitorioso da aurora do dia da Páscoa.


No silêncio desta noite, no silêncio que envolve o Sábado Santo, tocados pelo amor sem limites de Deus, vivemos na expectativa da aurora do terceiro dia, a aurora da vitória do Amor de Deus, a aurora da luz que permite aos olhos do coração ver de uma nova maneira a vida, as dificuldades, o sofrimento. As nossas falhas, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o colapso de tudo, são iluminadas pela esperança. O ato de amor da cruz é confirmado pelo Pai e a luz radiante da ressurreição envolve e transforma tudo: da traição pode nascer a amizade; da negação, o perdão; do ódio, o amor.


Dá-nos a graça, Senhor, de levar com amor a nossa Cruz, as nossas cruzes diárias, na certeza de que são iluminadas pelo resplendor da tua Páscoa. Amém.

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