sábado, 10 de abril de 2010

DOMINGO DA RESSUREIÇÃO DE CRISTO

A força da Ressurreição



O dia de páscoa celebra a ressurreição de Cristo. Nisto está toda sua força, e toda sua importância. Sem a ressurreição de Cristo, não teria havido história de Cristo, nem teria existido história do cristianismo.


Se tudo tivesse terminado na cruz, a morte de Cristo teria sido esquecida. Teria se perdido no turbilhão de tantas outras, anônimas, inúteis e igualmente injustas.


Mas tudo mudou com sua ressurreição. A partir dela, inclusive, passou a tomar sentido novo tudo o que a precedeu, e passam a receber significado diferente todas as mortes, mesmo que continuem parecendo anônimas e injustas.


A ressurreição de Cristo é o fato fundante da fé cristã. Fato tão verdadeiro, que sem ele não se explica a grande transformação ocorrida nos apóstolos, e o surpreendente processo desencadeado na história.


Nunca é demais enfatizar o impacto causado pela constatação objetiva do túmulo vazio, na madrugada daquele “primeiro dia da semana”, com os subseqüentes desdobramentos vivenciados pelos apóstolos ao longo daquele mesmo dia.


Aquele “primeiro dia da semana”, se tornou, na realidade, em símbolo da própria missão da Igreja, em símbolo também da história humana, que muda de sentido a partir da ressurreição de Cristo.


O que os Evangelhos narram daquele dia, tudo é muito verdadeiro, mas também tudo é muito simbólico. Pois a verdade testemunhada é maior do que a realidade onde ela se reflete. Ela ultrapassa os acontecimentos onde se revela. Por isto, os fatos são verdadeiros. Mas não se limitam àquele dia. Projetam seu significado para toda a história humana.


Foi um dia intenso, da madrugada até a noite. Impressiona constatar como os Evangelhos carregam o dia com episódios, que costurados cobrem por inteiro, tanto a madrugada, como a manhã, a tarde e a noite do dia da Páscoa.


Nada mais escapa à luz da ressurreição.


Começa pelo símbolo da madrugada. Jesus morreu no entardecer. Mas ressurgiu de madrugada. Pela frente estava a longa jornada, a ser preenchida com intensa atividade.


A partir de Cristo a história toma novo alento. Não é que ela termina com Cristo. Ela recomeça. Há muito que fazer. Existe uma grande empreitada a assumir. 0s que madrugam, como as mulheres naquele dia, descobrem o segredo da história, e são alentados pela certeza esperança.


Depois da madrugada, vem a manhã. Para usar a palavra em voga hoje na pastoral, a manhã foi toda ela dedicada ao “anúncio”. Assim como a paciente caminhada dos discípulos de Emaús, naquela tarde, pode ser identificada com o desafio da “formação”, do amadurecimento na fé, da busca de consistência e de maturidade. E as aparições de Jesus à naquela noite simbolizam a “celebração”, onde Cristo é reconhecido na partilha do pão.


Todas etapas indispensáveis, a serem percorridas por aqueles que guardam a memória do Cristo ressuscitado. Foi assim que ele se mostrou naquele primeiro dia.


Portanto, cada momento deste dia simboliza uma dimensão da Igreja, simboliza igualmente um aspecto da história humana.


Em meio a tantas ameaças de morte, a Páscoa nos diz que podemos confiar na força da vida.


Em meio a tantas incertezas, que hoje levam as pessoas a se sentirem inseguras e perdidas, o episódio de Emaús nos adverte a necessidade de buscar as razões de nossa esperança.


A refeição do Ressuscitado com seus discípulos, a quem transmite a paz e renova a missão, nos mostra a urgência de refazer o ambiente de segurança e de confiança no íntimo de nossos corações e no seio de nossas instituições iluminadas pela fé cristã.

O dia de Páscoa é paradigma de todos os dias. “Páscoa não é só hoje, Páscoa é todo dia!”
D. Demétrio Valentini   (http://www.diocesedejales.org.br/)  Publicado em 13/04/2006 - 11:27
A Santa Missa do Domingo da Ressureição foi celebrada pelo Seminarista Wanderson na Capela São Francisco de Assis, às 19h30mim do dia 04/04/2010.















segunda-feira, 5 de abril de 2010

SÁBADO DE ALELUIA

A Santa Missa do Sábado Santo foi presidida pelo vigário Pe. Marcelo Coutinho, na Capela São Francisco de Assis às 20h30mim.
No Sábado Santo, com a chegada da noite, entramos no coração das celebrações da Semana Santa! É a hora da Grande Vigília, a Vigília Pascal, que Sto. Agostinho (+ 430 d.C.) chamava a Mãe de todas as Vigílias!

A Liturgia da Vigília Pascal divide-se em quatro partes:


1) Bênção do Fogo e do Círio Pascal, que simbolizam o Cristo Ressuscitado;
2) Liturgia da Palavra, com cinco leituras, que resumem a História da Salvação;
3)Liturgia Batismal: na Igreja Primitiva, o Batismo dos Catecúmenos Adultos se dava na Vigília Pascal, depois de longa preparação;
4) Liturgia Eucarística: segue-se, então a Missa com procissão das Ofertas.













CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DE JESUS CRISTO

6ª FEIRA-SANTA (PAIXÃO DE CRISTO)
Na Sexta-feira Santa, o silêncio e o recolhimento fazem parte da liturgia, nem mesmo as luzes da Basílica Vaticana se acendem, sinal de que nesta Celebração o Filho de Deus é oferecido como vitima pelos pecados da humanidade.
AS 14 ESTAÇÕES E A SUA ASCENSÃO AO CÉU.

1ª ESTAÇÃO - Jesus é condenado à morte.
Pilatos mandou vir água e lavou as mãos diante da multidão: "Estou inocente do sangue deste homem". A responsabilidade agora é do povo". Depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado."
2ª ESTAÇÃO - Jesus carrega a sua cruz.
Jesus recebe sobre seus ombros a cruz e se dirige ao Calvário ou Gólgotha ('lugar do crânio' em hebraico). A Cruz é um antigo instrumento de suplício, usado para executar os condenados à morte.
3ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela primeira vez.
Jesus caminha cansado e abatido sob o peso da cruz. Seu corpo está coberto de sangue, suas forças esmorecem e ele cai. Com chicotes, os soldados que o escoltavam o forçam a se levantar.
4ª ESTAÇÃO - Jesus encontra Maria, sua mãe.
Mãe e filho se abraçam em meio à dor. Eles tudo partilharam até a cruz. Sua união era tão intimamente perfeita, que não tinham necessidade de falar, porque a única expressão residia nos seus corações.
5ª ESTAÇÃO - Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz.
Na verdade, Simão de Cireneu foi obrigado a carregar a cruz. Ele vinha passando, quando recebeu dos soldados a ordem de ajudar, Jesus tinha que permanecer vivo até a crucifixão.
6ª ESTAÇÃO - Verônica enxuga a face de Jesus.
Uma mulher que assistia à passagem de Jesus decide limpar a sua face tingida de sangue. O pano usado por Verônica teria ficado gravado com a imagem do rosto de Cristo.
7ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela segunda vez.
Jesus sabia que iria enfrentar um cruel sofrimento. Seu espírito estava preparado, mas seu corpo estava cansado e abatido. Ele caminhava com dificuldade e mais uma vez tropeçou e caiu.
8ª ESTAÇÃO - Jesus fala às mulheres de Jerusalém.
Já próximo do Monte Calvário, Jesus esquece sua dor para abrir o coração e consolar as mulheres que, chorando, lamentavam o seu sofrimento.
9ª ESTAÇÃO - Jesus cai pela terceira vez.
Aproxima-se o fim da Via Crucis, com a última queda de Jesus, a terceira de três quedas. Jesus chega ao Calvário. Quiseram dar-lhe vinho misturado com fel, mas ele não quis beber.
10ª ESTAÇÃO - Jesus é despojado de suas vestes.
Os soldados tomaram as roupas e as sortearam entre eles, cumprindo assim, as profecias antigas que descreviam esse episódio.
11ª ESTAÇÃO - Jesus é pregado na cruz.
Jesus é crucificado. Cravos de ferro rasgam sua carne, dilacerando suas mãos e pés. A cruz é erguida, e o Cristo fica suspenso entre o céu e a terra. Agora, ele está definitivamente pregado à cruz.
12ª ESTAÇÃO - Jesus morre na Cruz.
Com o Sol eclipsado, Jesus gritou do alto da cruz: 'Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito. Agora, estou contigo'. Baixou a cabeça e morreu.
13ª ESTAÇÃO - Jesus é retirado da Cruz.
Depois de pedir autorização a Pilatos, José de Arimatéia e Nicodemos compraram um lençol de linho branco e tiras de pano, e retiraram o corpo de Jesus da cruz. Maria, sua mãe, o recebeu em seus braços.
14ª ESTAÇÃO - Jesus é sepultado.
José de Arimatéia, Nicodemos e alguns apóstolos tomaram o corpo de Jesus, envolveram-no com um lençol de linho e o deitaram numa saliência na rocha em forma de cama. Então fecharam a entrada com uma grande pedra.
15ª ESTAÇÃO - A Ressurreição.
No domingo, as mulheres que foram ao túmulo o encontraram vazio. Viram dois homens com vestes claras e brilhantes que lhes perguntaram: "Por que procuram entre os mortos, quem está vivo? Ele não está aqui, mas ressuscitou".
A Celebração da Paixão de Cristo foi realizada na Escola Municipal José de Andrade Frazão, pelo Pe. Marcelo Coutinho.
fotos:Jailka Neves








fotos:Jailka Neves





Mensagem do Papa ao final da Via-Sacra no Coliseu - 2010
Queridos irmãos e irmãs,


em oração, com a alma recolhida e comovida, percorremos nesta noite o caminho da Cruz. Com Jesus, fomos até o Calvário e meditamos sobre seu sofrimento, descobrindo o quão profundo é o amor que Ele teve e tem por nós. Mas, neste momento, não queremos nos limitar a uma compaixão que resida apenas em nossos débeis sentimentos; queremos, acima de tudo, sentir-nos participantes do sofrimento de Jesus, desejamos acompanhar o nosso Mestre partilhando a sua Paixão na nossa vida, na vida da Igreja, para a vida do mundo, pois sabemos que somente através da Cruz do Senhor, no amor sem limites, que doa tudo de si próprio, está a fonte da graça, da libertação, da paz, da salvação.


Os textos, as meditações e as orações da Via Crucis nos ajudaram a olhar para este mistério da Paixão, para aprender a imensa lição de amor que Deus nos deu na cruz, para que nasça em nós um renovado desejo de converter o nosso coração, vivendo todo o dia esse mesmo amor, a única força capaz de mudar o mundo.


Nesta noite, contemplamos Jesus em seu rosto pleno de dor, escarnecido, ultrajado, desfigurado pelo pecado humano; amanhã à noite, o contemplaremos no seu rosto cheio de alegria, radiante e luminoso. Desde que Jesus saiu do sepulcro, o túmulo e a morte não são mais lugar sem esperança, onde a história termina no fracasso total, onde o homem chega ao limite extremo de sua impotência. A Sexta-feira Santa é o dia da esperança maior, aquela amadurecida sobre a Cruz, enquanto Jesus morre, enquanto solta o último suspiro, clamando em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23, 46). Cumprindo a sua existência "doada" nas mãos do Pai, Ele sabe que sua morte se torna fonte de vida, tal como o grão na terra deve se romper para que a planta possa nascer: "Se o grão de trigo, caído na terra, não morre, fica só; se, ao invés, morre, produz muito fruto" (Jo 12, 24). Jesus é o grão de trigo que cai na terra, se quebra, se rompe, morre e, por isso, pode produzir frutos. Desde o dia em que Cristo ressuscitou, a Cruz, que aparece como um sinal de abandono, de solidão, do fracasso, tornou-se um novo início: das profundezas da morte se levanta a promessa da vida eterna. Sobre a Cruz, brilha o esplendor vitorioso da aurora do dia da Páscoa.


No silêncio desta noite, no silêncio que envolve o Sábado Santo, tocados pelo amor sem limites de Deus, vivemos na expectativa da aurora do terceiro dia, a aurora da vitória do Amor de Deus, a aurora da luz que permite aos olhos do coração ver de uma nova maneira a vida, as dificuldades, o sofrimento. As nossas falhas, nossas desilusões, nossas amarguras, que parecem marcar o colapso de tudo, são iluminadas pela esperança. O ato de amor da cruz é confirmado pelo Pai e a luz radiante da ressurreição envolve e transforma tudo: da traição pode nascer a amizade; da negação, o perdão; do ódio, o amor.


Dá-nos a graça, Senhor, de levar com amor a nossa Cruz, as nossas cruzes diárias, na certeza de que são iluminadas pelo resplendor da tua Páscoa. Amém.

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